Uma noite de boas recordações e lembranças, assim foram comemorados os 36 anos de transferência da nova Canindé de São Francisco, na noite desta segunda-feira (06), no Coreto da Praça Ananias Fernandes.
O evento realizado pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura reuniu moradores, servidores, além de apresentações culturais e exposição de artigos e fotos da Velha Canindé.
Atento às apresentações, o público voltou no tempo e pôde viver àquela época. Pessoas que tiveram o privilégio de morar na velha Canindé, hoje conhecida como Beira Rio, contaram suas experiências e o quanto foi prazeroso fazer parte do início de uma grande história. As professoras Delfina Fernandes, mais conhecida por Dona Didi e Dona Socorro, por exemplo, relataram em detalhes, um pouco de como era a Canindé antiga e falaram da perspecitiva de crescimento e desenvolvimento após a transferência da Cidade.
Houve ainda a participação dos grupos Só Xaxando o qual apresentou o tradicional Xaxado, o grupo Embondeiro Capoeira que trabalha com crianças e adolescentes assistidas pelo CRAS, e o Forró da Melhor Idade, da Casa de Idosos Luzina Galindo.
Na oportunidade, Dona Alzira, de 99 anos, falecida há um mês, foi homenageada pelo casal Arnou e Dona Dora, de 83 anos. Dona Alzira era bastante conhecida na Cidade e não perdia um Forró da Melhor Idade, sempre contagiante e fazendo o que mais gostava, dançar.
A Velha Canindé:
O processo de transferência da Cidade se deu a partir do início da construção da Usina Hidrelétrica de Xingó, em 1987. Os habitantes foram transferidos para a “nova Canindé”, uma cidade planejada e que muito se desenvolveria ao longo do tempo. A justificativa para a transferência da sede do Município foi que, além da localidade onde era instalada não ter espaço para se expandir, situava-se na chamada área de risco da Hidrelétrica. Por causa disso, foi feito um trabalho de conscientização junto aos Canindeenses para convencê-los da necessidade da transferência.
Na velha Canindé, habitavam várias famílias mas que se transformavam em uma só, pois elas se ajudavam mutuamente.
As comemorações religiosas, algumas delas praticadas até os dias de hoje, eram fortes realizações e tinham a participação massiva de toda a Cidade, a exemplo das novenas, visita ao Cruzeiro de Vera Cruz e dentre várias outras manifestações culturais como as festas juninas, brincadeiras de rodas, corrida de saco, quebra pote, cavalhada e outros.
O aquecimento do comércio se dava através dos mercadinhos e do cortiço de Salomão Porfírio de Britto. A velha Canindé deixou saudades no coração de cada um que ali habitava. A caça e a pesca eram um dos principais meios de sobrevivência da população.
Com o passar dos anos, a nova Canindé de São Francisco tornou-se a cidade mais visitadas de Sergipe, conhecida por ser a Cidade dos Cânions e Oásis do Sertão Sergipano. Há exatos 36 anos, a nova Canindé de São Francisco de descobre, se renova, inova, se desenvolve e cresce a cada dia. Com seu povo humilde, guerreiro e acolhedor.
Por Yslla Vanessa
Assessoria de Comunicação Social
Prefeitura de Canindé de São Francisco