Serviço Geológico do Brasil apresenta Avaliação Geotécnica dos Cânions de Xingó
Na manhã da última segunda-feira, (18), no auditório do Centro de Recepção da Chesf, foi realizada uma reunião para apresentação do resultado do estudo geotécnico elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), na região dos Cânions de Xingó.
O Estudo apontou áreas específicas de riscos e ao mesmo tempo, durante a apresentação foram discutidas sugestões para mitigar e solucionar possíveis riscos.
Os representantes da Defesa Civil Estadual de Sergipe, da Prefeitura Municipal de Canindé de São Francisco e da Associação dos Operadores Turísticos do Lago de Xingó (ATOLX), também apresentaram propostas de intervenções e ações a serem providenciadas para garantir ainda mais segurança aos visitantes nas áreas que lhes competem. "O resultado do estudo nos traz embasamentos para providências que serão tomadas e que aumentam ainda mais a segurança da nossa região", ressalta a secretária de Turismo do Município de Canindé de São Francisco, Patrícia Vitor.
No total, foram pontuadas cerca de 14 orientações acerca dos riscos encontrados, algumas já são executadas durante as visitações. Confira abaixo:
1 - Avaliar a remoção e/ou contenção de blocos soltos e instáveis localizados entre a borda e o topo dos paredões, acima de áreas onde é comum a presença humana;
2 - Evitar a manutenção de estruturas de visitação, em locais que estejam a uma distância mínima menor que meia vez a altura do paredão;
3 - Utilizar bóias flutuantes na demarcação de perímetros de interesse;
4 - Dar preferência a locais onde a face do paredão se afasta da margem do lago, com amplitudes reduzidas e inclinações mais suaves, para a implantação de novas áreas de banho;
5 - Manter o tráfego de embarcações a uma distância mínima de uma vez a altura do paredão;
6 - Evitar visitas e passeios em dias com elevadas previsões de precipitação;
7 - Criar um plano de contingência, para ser usado na eventualidade da ocorrência de acidentes;
8 - Promover campanhas de conscientização para os perigos intrínsecos ao ambiente, com divulgação de material orientativo;
9 - Adoção de equipamentos de proteção individual como capacetes, em locais que apresentem um teto rochoso, como a Furna do Morcego e a Gruta do Talhado;
10 - Desenvolver estudos geotécnicos e hidrológicos com a finalidade de embasar os projetos e/ou obras de contenção de encostas ou de blocos rochosos;
11 - Fiscalizar e proibir a construção ou visitação em áreas protegidas pela legislação vigente;
12 - Instalar sistema de alerta para as áreas suscetíveis;
13 - Fiscalizar e exigir que novos empreendimentos turísticos apresentem laudos técnicos ou estudos correlatos
que autorizem a visitação turística ao local;
14 - Adequar os projetos de engenharia às condições geológicas e topográficas locais, evitando realizar escavações e aterros de grande porte.
Estiverem presentes na reunião, representantes da Defesa Civil Estadual de Sergipe e de Alagoas, das Prefeituras Municipais de Canindé de São Francisco, Piranhas, Olho D’água do Casado, Delmiro Gouveia e de Paulo Afonso, além dos Operadores Turísticos da região, Marinha do Brasil e ICMBIO.
Por Silas Santos
Assessoria de Comunicação Social
Prefeitura de Canindé de São Francisco